Trabalhadores dos Correios no Rio Grande do Sul iniciaram uma paralisação por tempo indeterminado. O Sindicato dos Trabalhadores em Correios do RS (Sintect-RS) informa uma adesão de cerca de 78% no setor de distribuição, enquanto a estatal classifica o movimento como parcial e localizado.
Entre as principais reivindicações dos funcionários estão: reajuste salarial e de benefícios com pagamento retroativo, plano de saúde acessível, garantia de que nenhuma unidade será fechada e que não haja demissões.
De acordo com o secretário-geral do Sintect-RS, Alexandre dos Santos Nunes, a adesão à greve é expressiva no estado. Ele cita que, em cidades como Novo Hamburgo, o setor de distribuição está com quase 100% de paralisação. Já em Porto Alegre, a adesão no mesmo setor é de 80%.
Nunes detalha que unidades de atendimento como a AC Restinga e a AC Ipanema, em Porto Alegre, paralisaram totalmente, assim como agências na região de Passo Fundo. O sindicato também relata adesão superior a 50% nos turnos da tarde e da madrugada nos setores de tratamento.
Em nota, os Correios afirmaram que, nacionalmente, cerca de 91% do efetivo está em atividade e que 24 dos 36 sindicatos que representam a categoria não aderiram à paralisação. A empresa aponta que o movimento se concentra em estados como Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A estatal informou que adotou medidas para mitigar eventuais impactos operacionais e garantir a continuidade dos serviços essenciais. Segundo os Correios, todas as agências estão abertas e as entregas seguem realizadas em todo o território nacional.
Os Correios também afirmaram que buscam um consenso com as representações dos trabalhadores, sob a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).