O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, chegou a Brasília neste sábado (27) sob escolta da Polícia Federal. Transferido de Foz do Iguaçu (PR), onde passou a noite após ser capturado no Paraguai, ele foi conduzido à sede da PF na capital federal.

O deslocamento ocorreu em uma aeronave da corporação, com decolagem às 10h20 e pouso por volta das 13h11. Inicialmente previsto para as 13h, o exame de corpo de delito no Instituto Nacional de Criminalística foi adiado devido ao atraso no voo.

Silvinei Vasques foi preso na sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, ao tentar embarcar para El Salvador portando documentos falsos. Após a confirmação da identidade falsa pelas autoridades paraguaias, ele foi expulso do país e entregue à Polícia Federal brasileira na fronteira.

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 24 anos de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, o ex-diretor teve a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. A PF confirmou que ele já se encontra no sistema prisional, provavelmente no Complexo Penitenciário da Papuda, após audiência de custódia que manteve a prisão.

A defesa de Silvinei encaminhou um pedido ao STF para que ele cumpra a pena em Florianópolis ou São José, em Santa Catarina.

Detalhes da fuga e captura

A fuga começou na véspera de Natal. Segundo a PF, Silvinei deixou seu condomínio em São José (SC) por volta das 19h22 do dia 24, carregando um veículo alugado com sacolas, rações e itens para seu cachorro da raça pitbull, com o qual embarcou. A tornozeleira eletrônica parou de funcionar posteriormente, e as buscas policiais no apartamento e na garagem no dia de Natal não o localizaram.

No Paraguai, ele usou a identidade falsa de "Julio Eduardo" e apresentou uma declaração alegando ter câncer na cabeça e não poder falar. O diretor de Migrações do Paraguai, Jorge Kronawetter, explicou que a expulsão se deu pela entrada irregular no país e pelo uso de documento não correspondente. O Ministério Público paraguaio investigará a origem dos documentos falsos.

Fonte: G1