O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro para a realização de duas cirurgias, estabelecendo um rigoroso protocolo de segurança a ser cumprido pela Polícia Federal (PF).

Na decisão, Moraes determinou que o transporte de Bolsonaro da Superintendência da PF em Brasília, onde está preso preventivamente, para o Hospital DF Star deve ser feito de forma discreta, com desembarque nas garagens da unidade de saúde.

A PF ficará responsável pela vigilância integral durante toda a estadia. O esquema inclui a presença de, no mínimo, dois policiais federais na porta do quarto do hospital, 24 horas por dia, além de equipes de prontidão dentro e fora do estabelecimento.

O ministro também proibiu a entrada de computadores e telefones celulares no quarto, permitindo apenas equipamentos médicos. Apenas a esposa de Bolsonaro, Michelle, foi autorizada a ser acompanhante permanente durante a internação. Outras visitas, como as dos filhos, dependem de autorização judicial prévia.

Os procedimentos médicos autorizados são a correção de duas hérnias inguinais e um bloqueio anestésico do nervo frênico, relacionado a crises de soluço. A internação está marcada para quarta-feira (24), com a cirurgia prevista para quinta-feira (25), dia de Natal.

A decisão judicial atendeu a um pedido da defesa, que apresentou laudos médicos, e seguiu um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que concordou com a necessidade dos procedimentos. A PF também realizou uma perícia por determinação do STF, confirmando a indicação cirúrgica.

Fonte: G1