A Polícia Federal (PF) implementou um rigoroso esquema de segurança para a internação hospitalar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi transferido da Superintendência da PF em Brasília, onde está preso preventivamente, para o Hospital DF Star, onde será submetido a uma cirurgia de hérnia inguinal.

O esquema foi estabelecido por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A determinação inclui a presença mínima de dois policiais federais fazendo vigilância 24 horas por dia na porta do quarto de Bolsonaro, além de outras equipes de prontidão dentro e fora do hospital. O transporte foi realizado de forma discreta, com entrada e saída pelas garagens das instituições.

Moraes também proibiu a entrada de computadores e telefones celulares no quarto do ex-presidente, excetuando apenas equipamentos médicos. Apena a esposa de Bolsonaro, Michelle, foi autorizada a ser acompanhante permanente durante toda a internação. Visitas de outros familiares, como os filhos Flávio e Carlos, dependem de autorização judicial prévia.

A internação, que inclui o período de acompanhamento pós-cirúrgico, deve durar entre cinco e sete dias, conforme avaliação da equipe médica. A defesa de Bolsonaro havia solicitado a realização de dois procedimentos, mas apenas a cirurgia para tratar duas hérnias inguinais será feita agora. Um bloqueio anestésico para crises de soluço foi adiado para outra ocasião.

A necessidade dos procedimentos foi atestada por laudos médicos apresentados pela defesa e confirmada por perícia realizada pela PF a mando do STF. A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou concordância com a realização dos tratamentos.

Fonte: G1