A defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, protocolou neste sábado (27) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a prisão cautelar do cliente seja cumprida no estado de Santa Catarina. A solicitação, endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, sugere os municípios de São José ou Florianópolis como locais preferenciais.

Segundo os advogados, o objetivo não é obter privilégios, mas assegurar “medidas concretas de proteção e racionalização da custódia”, fundamentadas em critérios de proporcionalidade e segurança. A petição argumenta que Vasques possui vínculos familiares e sociais consolidados em Santa Catarina, o que facilitaria o exercício do direito à ampla defesa e reduziria riscos à sua integridade física.

A defesa também ressaltou que, por ter atuado como agente de segurança pública, o ex-diretor enfrenta “riscos objetivos acrescidos” em estabelecimentos prisionais comuns. O pedido menciona que, durante o período em que esteve detido na Penitenciária da Papuda, em Brasília, foram registradas intercorrências como assédio e ameaças contra Vasques.

Além dos argumentos de segurança, os advogados afirmam que manter o cliente em Santa Catarina evitaria deslocamentos interestaduais e complexas operações de escolta, sem prejudicar o andamento processual. Caso o STF decida pela manutenção da custódia no Distrito Federal, a defesa pleiteia que ela ocorra na unidade conhecida como “Papudinha”, considerada mais segura.

O documento ainda solicita informações sobre a audiência de custódia, incluindo horário e formato (presencial ou por videoconferência), para garantir os direitos defensivos de Vasques. O ex-diretor foi preso no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, e posteriormente transferido para o Brasil.

Fonte: G1