Ex-diretor da PRF é preso no Paraguai ao tentar fugir para El Salvador
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi preso nesta sexta-feira (26) no Paraguai. A prisão ocorreu quando ele tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador, utilizando um passaporte falso, conforme informou o diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.
Quem é Silvinei Vasques?
Natural de Ivaiporã (PR), Silvinei Vasques ingressou na PRF em 1995, construindo uma carreira de 27 anos na corporação. Durante o governo de Jair Bolsonaro, alcançou o cargo máximo, tornando-se diretor-geral. Ele se aposentou voluntariamente com salário integral em dezembro de 2022, logo após as eleições.
Após deixar a PRF, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José (SC), mas pediu exoneração em dezembro de 2025, após ser condenado judicialmente.
Condenações por improbidade e golpismo
Vasques acumula condenações graves. Em agosto deste ano, foi condenado por improbidade administrativa por usar a estrutura da PRF para fins eleitorais em 2022, visando favorecer a reeleição de Jair Bolsonaro. A sentença incluiu multa de R$ 546,6 mil e proibição de contratar com o poder público por quatro anos.
Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) o condenou a 24 anos e seis meses de prisão em regime fechado. A Corte entendeu que ele integrou uma organização criminosa que atuou para tentar reverter o resultado das eleições de 2022, atuando deliberadamente para dificultar o voto de eleitores, especialmente no Nordeste.
Como ocorreu a prisão no Paraguai
De acordo com o diretor da PF, Andrei Rodrigues, Vasques rompeu a tornozeleira eletrônica que usava em Santa Catarina e deixou o Brasil sem autorização judicial. Alertadas pelas autoridades brasileiras, as polícias dos países vizinhos foram acionadas.
Ao tentar embarcar no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, utilizando um passaporte paraguaio original, mas que não correspondia à sua identidade, ele foi abordado e preso pela polícia paraguaia, em ação com cooperação da PF brasileira.
Após a detenção, Vasques foi colocado à disposição do Ministério Público do Paraguai para audiência de custódia. A expectativa é que ele seja expulso do país e entregue às autoridades brasileiras.
Fonte: G1